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Caminhoneiros, Combustível, Eficiência, Estado, Gasolina, Gestão, Impostos, Preços
Não levando em consideração o mérito da reivindicação dos caminhoneiros(*), uma coisa percebemos: a ineficiência do Governo também na gestão de infraestrutura, que essa paralisação mostra, mais uma vez, como somos dependentes da malha rodoviária e levanta a questão dos motivos de não termos uma rede ferroviária ou hidroviária como plano B.
Dito isso, foquemos a crítica ao preço dos combustíveis:
Como disse Ana Paula Henkel: “Por que os EUA não tem uma PetroUSA para chamar de sua?” [1]
Claro que os altos preços não tem relação com os impostos cobrados pelo Governo sobre o produto, afinal, o combustível, sem impostos, cobrado no DF, em protesto, vendido a R$ 2,98 ao invés dos R$ 4,61 não é tão significativo assim (ops)… [2]
Por que vendemos gasolina mais barato para o Paraguai e Bolívia?
Por que na França, que não produz petróleo, o preço médio da gasolina é de R$ 5,38?
Por que na Espanha, com a mesma situação, é de R$ 5,08?
Por que no México, que produz cada vez menos petróleo e importa 60% do combustível que o país consome, o preço médio da gasolina é de R$ 3,26?
Mas é claro que os US$ 23 milhões em sondas superfaturadas não tem nada a ver com isso.
Os R$ 42 bilhões desviados da Petrobras também não.
Muito menos os R$ 64 bilhões superfaturados da Refinaria Abreu e Lima, os mais de US$ 1,3 bilhão pagos por Pasadena [4].
Nem o governo do PT ter doado as refinarias para a Bolívia depois da Petrobrás ter investido US$ 1,5 bilhão no país.
Claro que não…
O fato é que não adianta apenas reduzir impostos sem diminuir o tamanho do Estado mastodôntico que sustentamos e as mordomias que pagamos aos parasitas, pois uma medida isolada como essa só adiará a detonação desta bomba relógio.
Enfim, deixo uma pergunta:
Quais os projetos do Governo atual e do próximo para a infraestrutura brasileira? Ou continuaremos eternamente reféns de uma categoria?
[1] Post Twitter
[2] G1 – Em meio a combustível mais caro, posto do DF corta impostos e vende gasolina a R$ 2,98
[3] Antes de Lula doar refinarias para a Bolívia, Petrobras investiu US$ 1,5 bilhão no país
[4] Preço pago pela compra de refinaria de Pasadena passa de US$ 1,3 bilhão
(*) na verdade é do setor do transporte de cargas
PS: as informações sobre os impostos, apesar de valores próximos não são as mesmas (Petrobras e IBPT), provavelmente por algum “malabarismo contábil”. Para efeito de ilustração, segue o link com a demonstração da Petrobrás: Composição de preços ao consumidor
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