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O dia 7 de fevereiro de 1694 marca a destruição final do quilombo dos Palmares. A lembrança de Zumbi dos Palmares e seu quilombo evoca muita alegria e ânimo em muitos brasileiros. Para eles, Zumbi foi um herói da resistência negra, uma das principais figuras brasileiras anti escravidão e opressão.

A tese é defendida por pesquisadoras como Silvia Hunold Lara e Andreia Pereira. Essa linha historiográfica foi amplamente difundida em escolas e universidades brasileiras.

Em contrapartida, uma linha de historiadores trouxe uma série de documentos e pesquisas que mostram uma outra visão de Zumbi.

Segundo o historiador Ronaldo Vainfas e o pesquisador Leandro Narloch, o quilombo de Palmares possuia escravos, violência e até mesmo pena de morte para os escravos que tentavam fugir.

Em um documento do século 18, Sebastião da Rocha Pita, historiador e advogado, conta a história de Palmares. Após falar sobre as origens do grupo (em termos até mesmo elogiosos), o historiador diz:

“Aos escravos que por vontade se lhes iam juntar, concediam viverem em liberdade; os que tomavam por força, ficavam cativos e podiam ser vendidos. Tinham também pena capital aqueles que, havendo ido para o seu poder voluntários, intentassem tornar para seus senhores; com menor rigor castigavam aos que sendo levados por força, tivessem o mesmo impulso”. (“História da América Portuguesa”, 1730)

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(Brasil Paralelo, 07Fev2023)

Veja também: Motivos da Escravidão


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