Persista
31 quarta-feira jan 2024
Posted Comportamento, Educação e Cultura, Filosofia, Pensamentos
in31 quarta-feira jan 2024
Posted Comportamento, Educação e Cultura, Filosofia, Pensamentos
in30 terça-feira jan 2024
Posted Comportamento, Educação e Cultura, Filosofia, Prosas, Reflexões, Sociedade
inTags
Diário do Comércio, 12 de dezembro de 2012
Uma das experiências mais perturbadoras que tive na vida foi a de perceber, de novo e de novo ao longo dos anos, o quanto é impossível falar ao coração, à consciência profunda de indivíduos que trocaram sua personalidade genuína por um estereótipo grupal ou ideológico.
Diga você o que disser, mostre-lhes mesmo as realidades mais óbvias e gritantes, nada os toca. Só enxergam o que querem. Perderam a flexibilidade da inteligência. Trocaram-na por um sistema fixo de emoções repetitivas, acionadas por um reflexo insano de autodefesa grupal.
No começo não é bem uma troca. O estereótipo é adotado como um revestimento, um sinal de identidade, uma senha que facilita a integração do sujeito num grupo social e, libertando-o do seu isolamento, faz com que ele se sinta até mais humano. Depois a progressiva identificação com os valores e objetivos do grupo vai substituindo as percepções diretas e os sentimentos originários por uma imitação esquemática das condutas e trejeitos mentais do grupo, até que a individualidade concreta, com todo o seu mistério irredutível, desapareça sob a máscara da identidade coletiva.
Essa transformação torna-se praticamente inevitável quando a unidade do grupo tem uma forte base emocional, como acontece em todos os movimentos fundados num sentimento de “exclusão”, “discriminação” e similares.
Não me refiro, é claro, aos casos efetivos de perseguição política, racial ou religiosa. A simples reação a um estado de coisas objetivamente perigoso não implica nenhuma deformação da personalidade. Ao contrário: quanto mais exageradas e irrealistas são as queixas grupais, tanto mais facilmente elas fornecem ao militante um “Ersatz” de identidade pessoal, precisamente porque não têm outra substância exceto a ênfase mesma do discurso que as veicula.
À dessensibilização da consciência profunda corresponde, em contrapartida, uma hipersensibilização de superfície, uma suscetibilidade postiça, uma predisposição a sentir-se ofendido ou ameaçado por qualquer coisinha que se oponha à vontade do grupo.
No curso desse processo, é inevitável que o amortecimento da consciência individual traga consigo o decréscimo da inteligência intuitiva. As capacidades intelectuais menores, puramente instrumentais, como o raciocínio lógico verbal ou matemático, podem permanecer intactas, mas o núcleo vivo da inteligência, que é a capacidade de apreender num relance o sentido da experiência direta, sai completamente arruinada, às vezes para sempre.
A partir daí, qualquer tentativa de apelar ao testemunho interior dessas pessoas está condenada ao fracasso. A experiência que elas têm das situações vividas tornou-se opaca, encoberta sob densas camadas de interpretações artificiais cujo poder de expressar as paixões grupais serve como um sucedâneo, hipnoticamente convincente, da percepção direta.
O indivíduo “sente” que está expressando a realidade direta quando seu discurso coincide com as emoções padronizadas do grupo, com os desejos, temores, preconceitos e ódios que constituem o ponto de intersecção, o lugar geométrico da unidade grupal.
O mais cruel de tudo é que, como esse processo acompanha “pari passu” o progresso do indivíduo no domínio da linguagem grupal, são justamente os mais lesados na sua inteligência intuitiva que acabam se destacando aos olhos de seus pares e se tornando os líderes do grupo.
Um grau elevado de imbecilidade moral coincide aí com a perfeita representatividade que faz do indivíduo o porta-voz por excelência dos interesses do grupo e, na mesma medida, o reveste de uma aura de qualidades morais e intelectuais perfeitamente fictícias.
Não conheço um só líder esquerdista, petista, gayzista, africanista ou feminista que não corresponda ponto por ponto a essa descrição, que corresponde por sua vez ao quadro clássico da histeria.
O histérico não sente o que percebe, mas o que imagina. Quando o orador gayzista aponta a presença de cento e poucos homossexuais entre cinquenta mil vítimas de homicídios como prova de que há uma epidemia de violência anti-gay no Brasil, é evidente que o seu senso natural das proporções foi substituído pelo hiperbolismo retórico do discurso grupal que, no teatro da sua mente, vale como reação genuína à experiência direta.
Quando a esposa americana, armada de instrumentos legais para destruir a vida do marido em cinco minutos, continua se queixando de discriminação da mulher, ela evidentemente não sente a sua situação real, mas o drama imaginário consagrado pelo discurso feminista.
Quando o presidente mais mimado e blindado da nossa História choraminga que levou mais chicotadas do que Jesus Cristo, ele literalmente não se enxerga: enxerga um personagem de fantasia criado pela propaganda partidária, e acredita que esse personagem é ele. Todas essas pessoas são histéricas no sentido mais exato e técnico do termo. E se não sentem nem a realidade da sua situação pessoal imediata, como poderiam ser sensíveis ao apelo de uma verdade que não chega a eles por via direta, e sim pelas palavras de alguém que temem, que odeiam, e que só conseguem enxergar como um inimigo a ser destruído?
A raiz de todo diálogo é a desenvoltura da imaginação que transita livremente entre perspectivas opostas, como a de um espectador de teatro que sente, como se fossem suas, as emoções de cada um dos personagens em conflito. Essa é também a base do amor ao próximo e de toda convivência civilizada.
A presença de um grande número de histéricos nos altos postos de uma sociedade é garantia de deterioração de todas as relações humanas, de proliferação incontrolável da mentira, da desonestidade e do crime.
(Artigo do Prof. Olavo de Carvalho)
Veja também: Imbecilidade coletiva
29 segunda-feira jan 2024
Posted Comportamento, Educação e Cultura, Política, Reflexões, Sociedade
in“Name three things coming out of the Middle East today besides oil and terrorism. If you can’t do that, try naming one thing.”
(Thomas Sowell)
Tradução: “Cite três coisas que saem hoje do Médio Oriente, além do petróleo e do terrorismo. Se você não pode fazer isso, tente nomear uma coisa.”
Veja também: Juntando os pedacinhos
28 domingo jan 2024
Posted Comportamento, Educação e Cultura, Filosofia, Pensamentos, Reflexões
in“Toda pessoa que se diz segura é um canalha desonesto. Como se sabe, toda virtude verdadeira é silenciosa.”
(Luiz Felipe Pondé)
Veja também: Maturidade
27 sábado jan 2024
Posted Comportamento, Reflexões
in“Uma vez gravadas na memória , as citações inspiram muitas ideias. Elas também despertam o desejo de conhecer os autores e suas obras “.
(Winston Leonard Spencer Churchill)
Veja também: Sucesso, segundo Churchill
26 sexta-feira jan 2024
Posted Comportamento, Educação e Cultura, Pensamentos, Reflexões, Sociedade
in“Quem afirma que o aborto é necessário por conta da ausência paterna está dizendo que uma família tradicional é imprescindível para os filhos?”
(@benebarbosa_mvb)
Veja também: A tragédia do aborto e a gloriosa experiência de Gianna Jessen
25 quinta-feira jan 2024
Posted Comportamento, Educação e Cultura, Filosofia, Pensamentos
inTags
Dificuldades, Fardos, Francisco, Mal, Peso, Professores, Sensibilidade, Teodorico, Visão
“Ter a sensibilidade de enxergar a ação do mal é um fardo muito difícil de se carregar.”
(Francisco Teodorico, Jun2018)
Veja também: Visão
24 quarta-feira jan 2024
Posted Comportamento, Educação e Cultura, Filosofia, Pensamentos, Política, Sociedade
in23 terça-feira jan 2024
Posted Comportamento, Educação e Cultura, Filosofia, Pensamentos, Sociedade
inTags
22 segunda-feira jan 2024
Posted Comportamento, Educação e Cultura, Filosofia, Pensamentos, Sociedade
inTags
“Seja sempre justo, mas nunca espere justiça.”
(Francisco Teodorico, Mai2018)
Veja também: Enfrente, exija, não permita!