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Há algumas semanas, fazendo a lição de casa de História com minha filha, ela me perguntou-me o que era o Socialismo. Expliquei superficialmente abordando apenas as ideias que uma criança de 10 anos poderia (e gostaria de) absorver.

Para finalizar a explicação, lembrei de uma história que recebí pela internet que considerei bastante didática e acessível não somente a ela, mas também para quem está começando a tentar entender a política e suas nuances (espectro, sistemas, etc.).

A história não é minha, como disse, meu é só o jeito de contar…

Certa vez, num curso de Economia de uma universidade, um professor já idoso e experiente (não só tecnicamente falando) recebeu uma turma de alunos que defendia com unhas e dentes os conceitos do socialismo.

Depois de algumas aulas de debate infrutífero, o professor propôs colocar em prática os conceitos que eles tanto defendiam. Partindo do princípio que o socialismo prega que tudo que é produzido deve ser dividido igualmente entre todos independente do talento e esforço de cada um, o professor propôs então que utilizassem esse conceito com as notas.

Em outras palavras, ele seguiria o seguinte protocolo:

  1. Aplicar as provas;
  2. Corrigi-las individualmente;
  3. Atribuir as notas a cada aluno para que soubessem o quanto cada um “produziu”;
  4. Calcular a média da classe;
  5. Atribuir essa média a cada aluno, igualmente, como sua nota individual.

Os alunos concordaram e assim foi feito durante o ano letivo, com a concordância de todos.

Nas primeiras provas, os alunos mais esforçados e/ou com maior talento, obviamente tiraram as maiores notas individuais (provisórias), enquanto aqueles que não se esforçavam ou não tinham tanta aptidão, obtiveram as notas mais baixas. Mas como foi combinado, o professor atribuiu a cada aluno a média da classe e não sua nota obtida na prova por seu esforço.

Então os futuros economistas começaram a perceber que os melhores alunos tinham suas notas rebaixadas, enquanto que os piores (os que estavam abaixo da média) eram premiados com maiores notas.

Isso foi se repetindo durante as primeiras avaliações, até que os melhores alunos se sentiram desestimulados em continuar estudando, afinal, por mais que se esforçassem suas notas eram sempre diminuídas devido ao fato dos alunos pouco qualificados se dedicarem como deveriam.

Com o decorrer do tempo, a média da classe foi diminuindo até chegar ao ponto em que ninguém tinha atingido a nota mínima para a aprovação e a classe inteira teve de refazer a disciplina.

O professor provou que o Socialismo não funciona.

Todo ser humano, independente de cor, raça, sexo (sim, Sexo não Gênero, pois o nosso é um só: Homo, como já expliquei em um artigo anterior), etc. tem a tendência de procurar o caminho mais fácil (isso acontece também na natureza, vide o curso dos rios!), portanto, não valorizar quem mais se esforça faz com que a sociedade empobreça e consequentemente não tenha riqueza para distribuir. Simples assim.

E esta conclusão também traz outra à tona que vejo com muita frequência ser utilizada de forma demagógica pelos esquerdistas (inclusive economistas das grandes mídias): a desigualdade social.

A desigualdade social não deve ser combatida! Ela sempre existiu, existe e sempre existirá. O que deve ser combatida é a miséria e com ela extinta, a pobreza.

A desigualdade social é natural, pois surge do fato dos mais talentosos arriscarem e conseguirem êxito através do empreendedorismo. Se as pessoas não forem gratificadas por seu esforço, como aconteceu no exemplo dos alunos, não terá estímulo para inovar, para produzir mais, para arriscar seu patrimônio, etc. Consequentemente a sociedade não se desenvolve e como disse anteriormente, não se produz riqueza para ser dividida!

Portanto, combata esse discurso doentio de “temos uma grande desigualdade social”, não deve ser esse o nosso foco.

Não continuemos tentando enxugar gelo.


Esse texto foi publicado no site Conexão Política como um de meus artigos semanais